Vivemos num mundo de ilusão e no entanto é bem real para cada um de nós. Num mundo material que não o é (sabe-se que a um nível profundo a matéria não existe), na dualidade que não passa de outra ilusão.
Precisamos “olhar” a vida num nível cada vez mais profundo para podermos sair da ilusão e “vermos” quem na realidade somos.
Na minha “percepção” somos uma “gota” de um imenso “oceano”, que quando se dilui se torna no tamanho dele, que continua a existir (ela não desaparece), mas do tamanho do universo.
Mas o que nos impede de lá chegar? Do meu ponto de vista o nosso ego, porque quando queremos alguma coisa (ser grande, por exemplo), quem o quer é só o nosso ego, e é precisamente o ego que nos impede de sermos o nosso verdadeiro Ser.
Precisamos de entender que não temos que ser mais do que ninguém, e que afinal o outro não está “lá fora”, mas “dentro”. Claro que há uma causa profunda para sentirmos e agirmos de uma determinada forma (esta matéria dá para um livro, mas esta nota não tem esse propósito).
Para a “gota” se diluir, primeiro precisamos ser uma “gota”, ou seja ser alguém com identidade própria, não ser uma imitação de outra pessoa, ou viver dentro de um “molde” que a sociedade, ou a suposta moral nos “impõe”. Precisamos desenvolver uma identidade, e só depois estamos em condições de nos diluirmos, senão vamos diluir o quê, se não há nada para diluir?
Portanto numa primeira fase é importante desenvolver o ego, porque sem ele não podemos chegar ao “oceano”. Quando entendemos que é preciso desenvolver uma identidade, paramos de olhar para o ego dos outros e “trabalhamos” o nosso.
E porque fazemos isso? Na realidade quando vemos algo no outro que não gostamos, “apontamos” o dedo, porque precisamos de cura (ficamos incomodados), e em vez de termos essa consciência, tentamos nos livrar desse incómodo tentando mudar o outro. O “problema” não está fora de nós, mas sim dentro.
Fernando Faria
Obrigada pela visita e pelo elogio.
ResponderEliminarUma semana abençoada para você,
Simone