terça-feira, 30 de novembro de 2010

Controle das Emoções

Nascemos para uma programação estereotipada pela sociedade, de imagens standards do género masculino e feminino.

Devido a este condicionamento vamos crescendo e suprimindo em nós a energia complementar ao nosso género e que não é socialmente aceite.

Homem e Mulher são ensinados a programar seus comportamentos emocionais e a sua manifestação, pela forma redutora e limitativa que a sociedade aprova.

O principio feminino é a matriz do corpo emocional, e desde que nascemos somos encorajados pelo exterior a ser... sentir... pensar... agir... em conformidade com esses estereótipos socialmente aceites.

Na verdadeira condição e plenitude do ser, feminino e masculino são pólos complementares que nos devolvem a manifestação da nossa identidade.

A perca progressiva com o plano emocional receptivo, o lado feminino, interiorizado, com o sentir que nasce do silêncio, tem sido a responsável por o desequilíbrio do corpo emocional, projectando no consciente emocional imagens repressivas e condicionadoras, quer seja pela supressão ou expansão desequilibrante das emoções.

Vamos criando "máscaras" que ocultam a verdadeira matriz da emoção. Esses sub-personagens da nossa identidade vão recriando vida deturpada às emoções que estão verdadeiramente na origem da matriz do corpo emocional. Co-criando a cada momento um "guião" para a história que gostaríamos que correspondesse ao "happy ending" da nossa interacção com o mundo exterior e onde estão a cada momento de interacção reflectidas as nossas emoções.

O plano emocional, o mundo do sentir é de exclusividade e individualidade inerente aquele ser único. Resgatar a verdadeira liberdade de ser, de nos permitirmos vivenciar as nossas emoções e sentimentos, para que equilibremos a vida em nós e em manifestação com o exterior, requer despir-mo-nos dessas máscaras.

É a via do reencontro com a nossa "verdade" interior... Mergulharmos no plano do sentir em nós, não condicionado por o que inconscientemente projectamos que esperam de nós, requer ousarmos iniciar a viagem do olhar interior... onde nos vamos reconstruindo pela desidentificação estereotipada pela sociedade família e colectiva mais abrangente onde estamos inseridos.

Nessa viagem, nesse mergulho, o objectivo é a vulnerabilidade, a exposição, onde medos e inseguranças são enfrentados por um plano emocional despido de qualquer máscara.

Tornar-mo-nos vulneráveis à verdadeira matriz das nossas emoções, transporta-nos então à pacificação, ao equilíbrio entre o mundo interior assumido por o processo de individuação e a sua interacção com o mundo exterior.

A integração dos princípios masculinos e femininos que se manifestam na nossa personalidade, devem ser reprogramados a partir de um centro interno (o feminino em nós)e que se projecta para o exterior (o masculino em acção) em consciência de voltar a Ser.

É numa vivência dual que processamos esta emanação, invertendo o sentido inicialmente programado, formatado, onde condicionamos nossa condição a um corpo físico, psíquico e emocional, a uma forma redutora de nós, onde deixámos em suspensão no inconsciente o nosso Ser em plenitude.

Através da viagem da vulnerabilidade emocional e psíquica, accionamos as funções masculinas e femininas em nós, a nossa identidade circula livremente a partir da percepção interior com a interacção exterior.

O Mundo Interior move-se sem bloqueios, o Ser irradia em Consciência a sua verdadeira Essência, através da fusão complementar feminino e masculino.

Feminino como manifestação da receptividade interior...

Masculino como irradiação do poder de iniciativa e criatividade em acção...

A fusão é a pura manifestação da inspiração em acção...


Ruth Fairfield....

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