quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ao meu coração

Algures no tempo-espaço
nesta eternidade em que me afogo, afago
há um mundo encantado perdido
que não se descobre por estar escondido
no mais profundo da minha alma amena
onde a solidão e o amor se espelham
e se aconchegam
há algo perdido no tempo
algo que perdi no tempo
réstia de essência
essénia
que o rosto não deixa escapar
há algo no peito que queima
como uma ansiedade de muitas vidas
alheadas até de paz
e algures no peito há algo que a vida não deixa escapar
algo que o coração
algum coração superior tenta arranjar com as duas mãos
há algo que vai para além da compreensão mais pequena do meu mundo
e do meu desespero por tentar ser eu
seja lá o que eu, for
algo de criação que não se despede
que teima em tentar
e depois
há o meu amor, que teima em amar

Filipa Faustino

1 comentário:

  1. Luz, You have nice thoughts.... nice blog!

    The writing, background picture & Youtube video - manythings make me feel you are much inspired by the Indian spirituality!!!

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